A cheia dos rios no Amazonas já atingiu 18 municípios em situação de emergência, afetando mais de 195 mil pessoas, segundo a Defesa Civil do estado. O Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais prevê que o processo de enchente continuará até junho, com nove calhas de rios amazonenses ainda em ascensão. Municípios como Humaitá, Borba e Japurá estão entre os mais impactados, com o Rio Madeira registrando cotas próximas ao recorde histórico de 2014.
A situação é agravada pelo Inverno Amazônico, que trouxe chuvas acima da média, e pelos efeitos do fenômeno La Niña, que intensificou as precipitações na região no início de 2025. A Transamazônica, principal via terrestre da área, está parcialmente submersa, obrigando moradores a depender de balsas para deslocamento e elevando custos de transporte e mercadorias. Comerciantes relatam aumento nos preços de combustível e gás devido às dificuldades logísticas.
Além dos danos à infraestrutura, a cheia devastou plantações e interrompeu atividades escolares em comunidades rurais. A Defesa Civil monitora o avanço das águas, que já superam 7 metros em algumas áreas, enquanto moradores enfrentam desafios diários, como a falta de auxílio oficial e condições precárias de transporte. O cenário deve persistir nas próximas semanas, com alertas mantidos em 26 municípios.