O diretor-executivo de uma polêmica fundação de ajuda humanitária a Gaza, apoiada pelo governo dos Estados Unidos, anunciou sua renúncia neste domingo (25). A Fundação Humanitária para Gaza (GHF), sediada em Genebra, havia prometido distribuir 300 milhões de refeições em seus primeiros 90 dias de operação, mas enfrentou críticas e acusações de colaboração com Israel, levando a ONU e outras agências a cortarem laços com a organização.
Em comunicado, o líder da GHF explicou que deixou o cargo por acreditar que a fundação não poderia cumprir sua missão sem comprometer princípios humanitários básicos, como neutralidade e imparcialidade. A renúncia ocorre em meio à crescente pressão internacional sobre Israel devido às condições em Gaza, onde um bloqueio prolongado agravou os riscos de fome generalizada. O conflito, desencadeado após os ataques de outubro de 2023, já resultou em milhares de mortes, a maioria civis.
A decisão reflete os desafios enfrentados por organizações que buscam aliviar a crise humanitária em Gaza, enquanto tentam manter independência em um contexto politicamente polarizado. A GHF, criada para mitigar o sofrimento na região, agora enfrenta incertezas sobre seu futuro, deixando dúvidas sobre a continuidade de seus esforços de assistência.