Pedro Martins deixou o cargo de CEO do Santos após pouco mais de cinco meses no comando, em meio a crescentes desentendimentos com a diretoria do clube. Contratado em dezembro de 2024 para modernizar a gestão e a estrutura interna, o executivo enfrentou resistência para implementar mudanças, especialmente no departamento de futebol. Sua saída foi oficializada neste sábado, após uma reunião com a alta cúpula do clube, na qual ele recusou-se a abrir mão do controle da área esportiva.
A relação já estava desgastada desde abril, quando Martins criticou publicamente a falta de apoio para suas reformas, citando uma cultura organizacional resistente a mudanças. A eliminação na Copa do Brasil e a má campanha no Campeonato Brasileiro – com apenas duas vitórias em dez jogos – aumentaram a pressão por sua saída. Decisões polêmicas, como a alta rescisão do técnico Pedro Caixinha e o apoio a atletas em casos de indisciplina, também contribuíram para o desgaste.
Agora, o Santos busca um novo nome para assumir o departamento de futebol, enquanto a equipe se prepara para enfrentar o Botafogo neste domingo, na Vila Belmiro. O clube agradeceu os serviços prestados por Martins e desejou sucesso em sua carreira, encerrando um capítulo marcado por divergências e desafios na gestão.