O prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, venceu o segundo turno das eleições presidenciais na Romênia com cerca de 54% dos votos, marcando uma reviravolta surpreendente após ficar em desvantagem no primeiro turno. Seu rival, um candidato nacionalista que havia liderado a votação inicial, obteve 46% e, sem admitir a derrota, alegou fraude. A participação eleitoral foi significativamente maior que no primeiro turno, refletindo o engajamento da população em uma eleição considerada crucial para o futuro europeu do país.
A campanha foi marcada por debates acirrados sobre o posicionamento da Romênia na Europa, especialmente em relação ao apoio à Ucrânia e à possível influência russa. O vencedor, um matemático e defensor convicto da União Europeia, contrasta com o perfil mais explosivo de seu adversário, que criticava as políticas do bloco e pedia o fim da ajuda militar a Kiev. O contexto geopolítico, incluindo a anulação de uma eleição anterior por suspeitas de interferência externa, elevou a tensão do pleito.
Autoridades romenas denunciaram uma campanha de desinformação nas redes sociais durante a votação, com suspeitas de ingerência estrangeira. A vitória do candidato pró-europeu foi celebrada por eleitores que temiam um afastamento do caminho democrático, enquanto parte da população expressava frustração com questões econômicas e corrupção. O resultado reforça o alinhamento do país com a OTAN e a UE, em um momento de crescente instabilidade regional.