O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autoridade monetária não está próxima de discutir uma possível redução da taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Durante evento em São Paulo, ele destacou que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantém o foco em manter os juros em patamares restritivos por um período prolongado, sem considerar mudanças no curto prazo. Galípolo ressaltou que a economia tem se mostrado dinâmica mesmo com taxas elevadas, além de citar expectativas desancoradas como um fator que exige cautela.
O banqueiro central enfatizou que o Copom não pretende afrouxar seu compromisso com a meta de inflação, reforçando a necessidade de consolidar a confiança na convergência dos indicadores. Ele explicou que a avaliação será feita com base em um conjunto de dados, evitando reações a números isolados, como variações pontuais no Caged ou no desempenho industrial. A abordagem visa identificar tendências consistentes antes de qualquer ajuste na política monetária.
Galípolo reiterou a importância de manter a taxa de juros em nível restritivo até que haja confirmação clara de que a inflação está sob controle. A postura reflete a cautela do BC diante de um cenário econômico ainda incerto, com ênfase na análise contínua de dados para embasar decisões futuras. A mensagem reforça a prioridade do combate à inflação, mesmo com pressões por alívio nos custos de crédito.