O Censo do IBGE destacou que mais de 14 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, representando 7% da população. Desse total, a maioria apresenta deficiência visual, enquanto mais de 5 milhões enfrentam limitações de mobilidade. Pela primeira vez, o levantamento incluiu dados sobre autismo, revelando que 2,4 milhões de pessoas foram diagnosticadas com transtorno do espectro autista. A pesquisa também apontou que o acesso à educação é um desafio significativo, com muitos abandonando os estudos antes de concluir o ensino fundamental e taxas de analfabetismo quatro vezes maiores do que entre pessoas sem deficiência.
Em meio a essas barreiras, histórias como a de uma estudante que sonha em ser psicóloga ilustram a importância da inclusão. Ela estuda em uma arena adaptada, onde conquistou autonomia, mas relata dificuldades em escolas anteriores, como elevadores quebrados. Especialistas destacam que a solução passa pela capacitação de professores, uso de tecnologias assistivas e estratégias pedagógicas diversificadas, medidas que demandam tempo, mas trazem resultados efetivos.
Os dados do Censo reforçam que a falta de acessibilidade não apenas limita oportunidades individuais, mas priva o país de talentos. A inclusão educacional é vista como um benefício mútuo, onde toda a sociedade ganha. Enquanto isso, famílias e escolas continuam a incentivar pessoas com deficiência a superarem obstáculos, mostrando que as limitações físicas não devem definir seus futuros.