O Maranhão possui 536.103 pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 8,1% da população com dois anos ou mais, índice acima da média nacional (7,3%). Desse total, 34,5% são analfabetas, taxa quase três vezes maior que a da população sem deficiência (11,39%). Especialistas destacam a necessidade de políticas públicas transversais para melhorar a inclusão, com foco em educação, saúde e oportunidades de trabalho. A deficiência visual é a mais comum no estado, afetando 328.803 pessoas, enquanto o transtorno do espectro autista (TEA) é mais frequente em crianças de 5 a 9 anos, principalmente meninos (60,3%).
O Censo 2022 também apontou que a incidência de deficiência aumenta com a idade, atingindo 41% das pessoas com 60 anos ou mais. Apesar dos avanços, como o crescimento de 169,1% na inclusão de estudantes com deficiência na rede estadual entre 2013 e 2023, desafios persistem, como o acesso limitado a serviços de saúde e educação. Analistas alertam que o número real de diagnósticos de autismo pode ser maior, já que muitos casos não são identificados devido à falta de acesso a atendimento especializado.
Autoridades maranhenses destacam iniciativas como o Plano Estadual de Políticas de Inclusão da Pessoa com Deficiência e a adesão ao programa federal Viver Sem Limites, que visam ampliar a acessibilidade e a inclusão social. Programas como o Maranhão Alfabetizado e a implantação de salas de recursos multifuncionais nas escolas buscam reduzir o analfabetismo e garantir educação inclusiva. No entanto, especialistas reforçam que é preciso mais apoio e adaptações para que as pessoas com deficiência possam superar as barreiras cotidianas.