O ambiente econômico desfavorável, marcado por juros elevados, incertezas internacionais e desaceleração, tem aumentado a pressão sobre as empresas brasileiras em 2025. Especialistas apontam que as tarifas impostas pelos EUA, a guerra na Ucrânia e a volatilidade das commodities agravaram o acesso ao crédito, elevando os pedidos de recuperação judicial e extrajudicial. Setores como agronegócio, varejo e energia são os mais afetados, com casos como o de companhias aéreas e redes de varejo buscando reestruturação para lidar com dívidas insustentáveis.
Além dos fatores externos, a alta dos juros no Brasil, influenciada pela política monetária dos EUA, tem encarecido o financiamento e reduzido a liquidez das empresas. Dados mostram um aumento de 12,9% nos processos de recuperação judicial no último trimestre de 2024, com expectativa de crescimento em 2025. A recuperação extrajudicial tem ganhado espaço como alternativa ágil, permitindo negociações diretas com credores sem a burocracia do Judiciário, especialmente para empresas que buscam resolver parcelas específicas de suas dívidas.
O cenário também impulsiona movimentos de fusões, aquisições e entrada de novos investidores, com empresas buscando soluções estruturadas para recuperar a saúde financeira. Embora o ambiente seja desafiador, especialistas destacam que as ferramentas de reestruturação têm ajudado companhias a se reorganizarem, indicando uma maturidade maior do mercado em lidar com crises. A tendência é que esses processos se intensifiquem, refletindo as pressões macroeconômicas e a adaptação do setor privado a um contexto global instável.