O ano de 2025 apresenta um cenário econômico complexo para as empresas brasileiras, marcado por incertezas internacionais, juros elevados e desaceleração. Especialistas apontam que as tarifas impostas pelos EUA, somadas aos efeitos da guerra na Ucrânia e à alta dos juros pelo Federal Reserve, pressionam o acesso ao crédito e aumentam os custos de financiamento. Como resultado, cresce o número de recuperações judiciais e extrajudiciais, com destaque para setores como agronegócio, varejo e energia, que enfrentam dificuldades com gestão de caixa e custos de insumos.
O agronegócio é um dos mais afetados, devido a fatores climáticos e à volatilidade dos preços das commodities, enquanto empresas de outros segmentos, incluindo até clubes de futebol, também buscam reestruturações. A recuperação extrajudicial tem ganhado espaço como alternativa ágil, permitindo que empresas negociem diretamente com credores sem intervenção judicial. Essa modalidade é vista como uma solução prática para resolver partes específicas da dívida, além de facilitar processos de fusões e aquisições.
Diante desse contexto, especialistas projetam que o número de pedidos de recuperação continuará a subir em 2025, impulsionado pela necessidade de liquidez e pela busca por investidores temporários. O ambiente macroeconômico desfavorável, combinado com a maior abertura dos empresários a reestruturações, deve acelerar operações mais complexas, como joint ventures e aquisições, em um movimento que reflete o amadurecimento do mercado brasileiro diante das adversidades.