Um relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro, baseado em dados extraídos do celular de um miliciano morto em 2023, trouxe novas informações sobre operações criminosas na região da Gardênia Azul entre 2017 e 2018. O documento, anexado a processos judiciais, inclui referências a indivíduos investigados por envolvimento em homicídios, como o caso da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. As mensagens analisadas também apontam para contatos entre o miliciano e um advogado que atuava em defesa de figuras ligadas ao caso.
O telefone apreendido em 2018 só teve seus dados acessados após solicitação da força-tarefa do MP em 2024, quando surgiram indícios de sua relevância para as investigações. Entre as conversas recuperadas, há diálogos sobre armas, divisão de território e supostos mandantes de crimes. O MP nega que tenha havido demora na análise, destacando que as medidas foram tomadas assim que a importância do material foi identificada.
O relatório também menciona a possível participação do miliciano na identificação de vítimas de outros crimes, conforme delação premiada. As defesas dos investigados contestam algumas das alegações, incluindo a identidade de pessoas citadas nas mensagens. O caso segue em tramitação, com o MP reforçando o uso de provas técnicas para embasar as acusações.