A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (16) para contestar a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que afastou o presidente da entidade. A medida judicial questiona a legalidade da nomeação de um interventor e alega que a decisão fluminense desresprendeu precedentes do STF, incluindo uma cautelar concedida em ação anterior. O ministro Gilmar Mendes é o relator do caso.
O afastamento ocorreu após o tribunal estadual identificar indícios de irregularidades na eleição de 2022, envolvendo a validade de assinaturas em um acordo que garantiu a permanência do presidente no cargo. A CBF defende que, em caso de vacância, o estatuto da entidade prevê a assumência interina do diretor mais antigo, e não a intervenção determinada pela Justiça. O processo também discute a capacidade cognitiva de um dos signatários do acordo à época da assinatura.
Esta é a segunda vez que o presidente é afastado do cargo. Em 2023, uma ação similar questionou um termo de ajuste de conduta firmado com o Ministério Público do Rio. O novo caso reacende o debate sobre a governança da CBF e a interferência judicial nas eleições da entidade, enquanto a confederação busca garantir estabilidade em meio às disputas legais.