A CBF protocolou um recurso no STF contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que afastou seu presidente do cargo devido a suspeitas de fraude em uma assinatura no documento que legitimou sua eleição em 2022. O desembargador responsável citou “indícios robustos” sobre a possível falsificação da assinatura de um dos vice-presidentes da entidade, argumentando que ele não teria condições de expressar sua vontade de forma consciente. A CBF, no entanto, alega que a decisão foi baseada em presunções pessoais, sem provas concretas, e critica o que chama de “vício estrutural” no julgamento.
A confederação alertou para o risco de sanções internacionais, já que a Fifa e a Conmebol não reconhecem dirigentes nomeados judicialmente em substituição aos eleitos pela Assembleia Geral. Isso poderia levar à exclusão das seleções brasileiras de competições internacionais. Enquanto isso, o vice-presidente da CBF, nomeado interinamente, convocou novas eleições para o dia 25 de maio, buscando normalizar a situação da entidade.
O caso ganhou ainda mais relevância por ocorrer na mesma semana em que a CBF anunciou o novo técnico da Seleção Brasileira, o italiano Carlo Ancelotti. O ministro do STF Gilmar Mendes será o responsável por analisar o recurso da confederação, que busca reverter a decisão e evitar possíveis consequências para o futebol nacional. O desfecho do processo poderá impactar não só a gestão da entidade, mas também o futuro das competições esportivas no país.