A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou por uma semana de turbulências após o afastamento do seu presidente pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão judicial anulou um acordo que validava sua eleição anterior, citando irregularidades, e nomeou um interventor para conduzir uma nova eleição, marcada para 25 de maio. Enquanto isso, a CBF anunciou a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti, visto como uma tentativa de estabilizar a situação, mas o momento político da entidade segue incerto.
A eleição será decidida por um colégio eleitoral formado por representantes das federações estaduais e clubes das Séries A e B. Um bloco de 19 federações já manifestou apoio a uma mudança na liderança, indicando que o presidente afastado dificilmente retornará ao cargo. Nomes como o dirigente de Roraima e o presidente da Federação Paulista de Futebol surgem como possíveis candidatos, enquanto a CBF busca evitar sanções da FIFA, que proíbe interferências judiciais em assuntos federativos.
Enquanto a Justiça avalia recursos e a ADI sobre a legitimidade de acordos com entidades esportivas, a CBF tenta separar a crise institucional dos preparativos para a Copa do Mundo de 2026. A chegada de Ancelotti, com um salário milionário, foi uma aposta para manter o foco no futebol, mas a instabilidade política ainda ameaça impactar os planos da seleção brasileira.