Uma mulher grávida de 28 anos foi vítima de feminicídio em uma trilha próxima a uma cachoeira em Sapopema, nos Campos Gerais do Paraná. Segundo o Ministério Público, o acusado, com quem ela mantinha um relacionamento, teria planejado o crime após descobrir a gravidez, enquanto tentava se reconciliar com a ex-companheira. As investigações apontam que ele drogou a vítima com um remédio abortivo semanas antes do assassinato e, posteriormente, forjou lesões no corpo para simular um acidente.
O crime foi qualificado como feminicídio por motivo torpe e dissimulação, já que o acusado teria levado a vítima para um local isolado sob o pretexto de um passeio. A perícia encontrou vestígios incompatíveis com a versão de queda acidental, incluindo ferimentos que sugerem violência. Testemunhas relataram que o suspeito tinha interesse na morte da mulher devido à gravidez, o que motivou a denúncia por aborto e fraude processual.
O Ministério Público pediu uma indenização de R$ 300 mil para a família da vítima e a realização de exames toxicológicos para confirmar o uso de substâncias abortivas. A Justiça negou o teste de DNA com o embrião, invocando o direito à não autoincriminação. O caso continua em investigação, com a defesa do acusado mantendo a alegação de que se tratou de um acidente.