O cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos desde 2020, surge como um dos nomes cotados para suceder o papa Francisco no comando da Igreja Católica. Nascido em Malta, Grech lidera um órgão central para a discussão de temas sensíveis, como o papel das mulheres e a inclusão de fiéis LGBTQIA+, além de organizar reuniões sinodais que buscam modernizar a instituição. Sob sua gestão, o Sínodo de 2021-24 incentivou a participação de leigos e mulheres nas assembleias, promovendo debates abertos sobre questões antes consideradas tabus, embora sem avanços concretos em mudanças mais radicais.
A trajetória de Grech reflete uma evolução de posições conservadoras para uma abordagem mais progressista, alinhada às reformas de Francisco. Em 2014, ele expressou preocupação com a linguagem usada contra homossexuais na Igreja, e, em 2017, defendeu a aceitação de casamentos de divorciados, ganhando apoio de setores liberais. Sua nomeação como cardeal em 2020, mesmo vindo de uma diocese pequena, destacou sua influência crescente nos rumos do Vaticano.
Recentemente, Grech foi associado à decisão de estender o Sínodo até 2028, visto como uma estratégia para consolidar as reformas iniciadas por Francisco. Sua capacidade de equilibrar tradição e modernização o coloca como uma figura central no futuro da Igreja, embora desafios persistem diante da resistência de grupos conservadores.