Em reunião realizada nesta terça-feira (6), os 252 cardeais da Igreja Católica destacaram a importância de dar continuidade às reformas iniciadas pelo papa Francisco, como o combate a abusos, a transparência financeira e o compromisso com a paz. O encontro, que antecedeu o conclave marcado para começar na quarta-feira (7), serviu para alinhar as expectativas sobre o perfil do próximo líder da Igreja: alguém próximo dos fiéis e que mantenha a agenda de mudanças. Os cardeais demonstraram discrição ao se dirigirem ao Vaticano, cercados por jornalistas e turistas, com alguns pedindo orações para a decisão que se aproxima.
O conclave, que ocorrerá na Capela Sistina, terá 133 cardeais votantes, muitos deles participantes pela primeira vez. A expectativa é que a eleição seja rápida, seguindo a média de 3,2 dias dos últimos 10 conclaves, mas a presença de novos cardeais — 80% nomeados por Francisco — pode trazer incertezas. Caso não haja consenso após três dias, será necessário um intervalo para reflexão, o que poderia sinalizar divisões dentro do colégio cardinalício.
Enquanto alguns nomes já são considerados favoritos, como o cardeal italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle, a dinâmica do conclave pode surpreender. A falta de familiaridade entre muitos dos eleitores pode abrir espaço para candidatos de consenso, como ocorreu em eleições passadas. Os cardeais mantêm o sigilo sobre as votações, mas histórias de conclaves anteriores mostram como discursos e alianças podem definir o rumo da escolha. A Igreja aguarda, com expectativa, o sinal da fumaça branca que marcará o início de um novo pontificado.