Os cardeais começaram a se instalar nesta terça-feira (6) na residência de Santa Marta e em outras dependências do Vaticano, onde ficarão isolados do mundo exterior até a eleição do sucessor do papa Francisco. O conclave, que começa oficialmente na quarta-feira (7), cortará todos os sinais de comunicação para garantir o sigilo do processo. Com 133 cardeais eleitores de 70 países, este é considerado o conclave mais internacional da história, o que pode prolongar as votações. Enquanto isso, fiéis aguardam na praça de São Pedro pela fumaça branca que indicará a escolha do 267º pontífice.
A residência de Santa Marta, construída a pedido de João Paulo II para substituir os antigos aposentos improvisados, abrigará a maioria dos cardeais, enquanto um edifício vizinho foi adaptado para acomodar o número recorde de participantes. Todos devem entregar seus celulares e manter sigilo absoluto, assim como os funcionários que prestarão apoio durante o conclave, sob risco de excomunhão. Antes da votação na Capela Sistina, os cardeais participaram de reuniões preparatórias para discutir temas como finanças, escândalos e o futuro da Igreja.
A eleição ocorre em um momento de divisões dentro do catolicismo, após um pontificado marcado por reformas e fervor popular. Enquanto as votações de Bento XVI e Francisco levaram dois dias, analistas especulam que o processo pode ser mais longo desta vez, devido à diversidade geográfica e cultural do colégio cardinalício. O mundo aguarda com expectativa o anúncio do novo líder da Igreja Católica, que enfrentará desafios como a unidade da instituição e sua relação com a sociedade contemporânea.