Os cardeais reunidos no Vaticano para escolher o sucessor do papa Francisco ainda não têm um favorito definido, segundo relatos. Nas congregações gerais que antecedem o conclave, os discursos dos clérigos estão sendo decisivos para moldar opiniões, assim como ocorreu em 2013, quando o então cardeal Jorge Mario Bergoglio impressionou seus pares e foi eleito. Vincent Nichols, cardeal britânico, destacou que suas preferências ainda estão em aberto, enfatizando a importância dos debates nesta fase preliminar.
Entre os nomes frequentemente mencionados estão o cardeal italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle, mas muitos eleitores ainda não se decidiram. O cardeal William Goh Seng Chye, de Cingapura, admitiu que o processo é imprevisível, comparando-o a um “jogo em andamento”. As votações no conclave começam na quarta-feira (7), na Capela Sistina, com os cardeais isolados do mundo exterior até que um novo papa seja escolhido por maioria de dois terços.
O sinal do resultado será dado pela fumaça da chaminé: preta para votação inconclusiva e branca para indicar a eleição. Enquanto isso, os cardeais aproveitam os momentos de convívio, como refeições conjuntas, para trocar impressões. Fernando Filoni, experiente em conclaves, destacou que as primeiras votações servem mais para orientação, e o consenso tende a surgir gradualmente. A expectativa é que o processo, marcado por reflexão e diálogo, defina os rumos da Igreja Católica nos próximos anos.