Às vésperas do conclave que elegerá o novo líder da Igreja Católica, os cardeais reunidos no Vaticano reforçaram o apelo por paz em regiões em conflito, como Ucrânia e Oriente Médio. Em comunicado, a Santa Sé pediu um cessar-fogo imediato e negociações sem condições prévias, destacando o tom humanitário que marcou o pontificado de Francisco. Além disso, os religiosos debateram temas como proteção a migrantes, transparência financeira e unidade da Igreja, herdados do papa falecido há duas semanas.
O conclave, que começa nesta quarta-feira (7), terá a maior diversidade geográfica da história, com cardeais de 70 países — 80% deles indicados por Francisco. A escolha do novo pontífice pode levar mais tempo que em eleições anteriores, já que não há um nome claramente favorito. Enquanto isso, os cardeais se isolam no Vaticano, com sinais telefônicos cortados para garantir sigilo durante as votações.
O perfil desejado para o próximo papa, segundo os cardeais, é o de um “construtor de pontes”, capaz de promover diálogo intercultural e representar uma “Igreja Samaritana”. A reunião também destacou a importância de continuar as reformas iniciadas por Francisco, incluindo o combate a abusos e a superação de divisões internas. O processo reflete tanto os desafios globais quanto o legado deixado pelo pontificado anterior.