Lady Gaga cunhou o termo “little monsters” em 2009 para se referir aos seus fãs, transformando uma brincadeira em um símbolo de identidade coletiva. O apelido, inspirado na estética grotesca do álbum “The Fame Monster” e no comportamento intenso do público durante seus shows, evoluiu para uma comunidade global. Com gestos característicos, como a “garra” com as mãos, e um manifesto dedicado aos fãs, Gaga fortaleceu a conexão emocional com seus admiradores, que passaram a chamá-la de “Mother Monster”.
A relação entre a artista e seus “monstrinhos” se aprofundou com iniciativas como a rede social LittleMonsters.com, criada em 2012, e áreas especiais em shows, como o “Monster Pit”, onde fãs fantasiados eram destacados. Gaga também tatuou homenagens aos fãs em seu corpo, reforçando o vínculo de lealdade e devoção. O movimento inspirou outros artistas a batizarem suas próprias bases de fãs, mas Gaga foi pioneira em transformar essa identidade em um fenômeno cultural.
O manifesto dos “little monsters”, incluído no álbum “The Fame Monster”, descreve a relação simbiótica entre a cantora e seu público, comparando-os a reis e rainhas que escrevem a história do reino. Essa mitologia, somada a gestos de afeto mútuo e eventos como o show gratuito no Rio de Janeiro em 2025, solidificou a comunidade como um espaço onde a excentricidade é celebrada. Para muitos fãs, ser um “little monster” significa encontrar aceitação e orgulho em ser diferente.