O Senado aprovou um projeto de lei que simplifica e acelera o licenciamento ambiental no Brasil, gerando forte reação de lideranças ambientais. Chamado de “PL da Devassação”, o texto dispensa estudos prévios para obras de alto impacto, como barragens de rejeitos, e permite a supressão de áreas de mata sem análise detalhada. A proposta, que agora retorna à Câmara, ameaça a Lei da Mata Atlântica e preocupa especialistas, especialmente às vésperas da COP30, conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém.
O governo federal, embora criticado por sua postura ambígua, enfrenta pressão crescente de ambientalistas e celebridades. A cantora Anitta usou suas redes sociais para alertar sobre os riscos do projeto, mobilizando seus milhões de seguidores contra a votação. Estratégias semelhantes já surtiram efeito no passado, como no caso da polêmica sobre a privatização de praias, sugerindo que a mobilização pública pode influenciar a decisão dos parlamentares.
Enquanto líderes do Congresso sinalizam apoio ao projeto, a entrada de figuras influentes na discussão pode alterar o cenário. Com as eleições se aproximando, políticos podem reconsiderar seus posicionamentos para evitar desgaste perante o eleitorado. O embate entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental segue acirrado, com o desfecho ainda incerto.