Campinas (SP) realizou 4,3 mil atendimentos antirrábicos em humanos em 2024, uma média de 12 casos por dia envolvendo mordidas, arranhaduras ou lambidas de animais. O número representa o maior índice da década, com aumento de 8% em relação a 2023. Dados do Ministério da Saúde mostram que a maioria dos casos envolveu pessoas entre 20 e 29 anos, mas ocorrências foram registradas em todas as faixas etárias. Cães e gatos foram os animais mais frequentes, embora haja relatos de acidentes com morcegos, primatas e raposas.
O tratamento pós-exposição inclui vacina para casos leves e soro antirrábico combinado com vacina para situações graves. A raiva tem letalidade próxima de 100%, mas o SUS oferece protocolos que previnem o desenvolvimento da doença. Lavar o ferimento com água e sabão e buscar atendimento imediato são medidas essenciais, especialmente após contato com animais silvestres ou morcegos, sempre considerados graves.
No Brasil, entre 2010 e 2025, houve 50 casos de raiva humana, a maioria causada por morcegos. Apenas dois pacientes sobreviveram, destacando a importância da prevenção. Em Campinas, o atendimento é feito em UBSs durante a semana e em UPAs ou hospitais nos finais de semana. O Ministério da Saúde reforça a necessidade de procurar ajuda no mesmo dia em caso de exposição a animais silvestres.