O presidente da Câmara dos Deputados anunciou ter ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). O objetivo é assegurar a validade da votação que suspendeu uma ação penal contra um parlamentar. A decisão da Câmara, aprovada por 315 deputados, buscava interromper o processo, mas o STF limitou seu alcance, mantendo a investigação sobre crimes mais graves.
O STF, após análise da Primeira Turma, rejeitou a abrangência inicial do texto aprovado pela Câmara. A corte manteve a suspensão apenas para crimes cometidos após a diplomação do deputado, excluindo delitos como os relacionados a supostos atos contra a democracia. A decisão gerou desconforto entre parlamentares, que defendem a harmonia entre os Poderes e o respeito à vontade da maioria.
O caso reflete tensões institucionais, com a Câmara argumentando que a decisão do STF desconsidera a soberania do Legislativo. Enquanto isso, o Supremo reforça a separação de poderes, mantendo sob análise crimes considerados mais severos. O desfecho da ADPF poderá influenciar o equilíbrio entre as instâncias de poder no país.