A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados protocolou uma representação pedindo a suspensão por seis meses de um parlamentar devido a declarações consideradas ofensivas contra uma ministra de Estado. O caso marca a primeira vez em que a direção da Casa utiliza um mecanismo criado durante a gestão anterior para agilizar punições a congressistas. Segundo a representação, as falas do deputado ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, caracterizando abuso de prerrogativas parlamentares e afetando a dignidade da instituição.
O Conselho de Ética tem até três dias úteis para analisar o caso. Caso não haja manifestação dentro do prazo, o documento será levado diretamente ao plenário para votação. A avaliação é de que as declarações do parlamentar violaram o decoro e o padrão de comportamento esperado de um representante eleito, com insinuações consideradas ultrajantes e depreciativas.
O incidente ocorreu durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública, onde o deputado fez comentários associando a ministra a um apelido ofensivo, citado em supostas listas de repasses ilegais. A Mesa Diretora afirmou que as falas não apenas desrespeitaram a autoridade pública, mas também prejudicaram a imagem da Câmara e de seus membros. O caso agora segue para análise ética, com possíveis repercussões políticas e institucionais.