A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, em 8 de maio de 2025, o projeto de lei que institui o Dia da Cegonha Reborn, destinado a reconhecer o trabalho de artistas que criam bonecos hiper-realistas. A proposta, de autoria de um vereador, destaca o impacto emocional dessas peças para mães que perderam filhos, comparando o processo de entrega dos bonecos ao simbolismo das cegonhas. O texto agora aguarda sanção do prefeito.
Os bebês reborn são fabricados artesanalmente com materiais como vinil e silicone, passando por técnicas detalhadas para imitar a aparência de recém-nascidos. A prática ganhou visibilidade nas redes sociais, com vídeos de “partos” e relatos de colecionadores que adotam os bonecos como parte de suas vidas. No entanto, o tema também gerou polêmicas, como tentativas de uso indevido de benefícios públicos, incluindo assentos preferenciais e atendimento no SUS.
Órgãos públicos em todo o país se manifestaram contra a equiparação dos bonecos a bebês reais, negando direitos como licença-maternidade e atendimento médico prioritário. Enquanto algumas cidades, como Curitiba e Chapecó, tomaram medidas restritivas, o projeto no Rio busca valorizar a arte sem conflitar com políticas públicas, focando no reconhecimento cultural e terapêutico da prática.