A Câmara de Goiânia aprovou, em primeira votação, um projeto de lei complementar que altera o processo de escolha de diretores de escolas municipais de educação infantil e ensino fundamental. Atualmente realizado por eleição, o método passará a ser por seleção técnica, com critérios como experiência mínima de três anos em atividades docentes ou pedagógicas e aprovação em curso de formação para gestores. A proposta alinha-se ao Plano Municipal de Educação (2015-2025) e exige que os candidatos apresentem um plano de gestão nas áreas pedagógica, financeira e administrativa, além de comprovarem idoneidade administrativa.
A nova regra também modifica o grupo de votantes, restringindo a participação a servidores lotados na unidade educacional, como profissionais da educação, técnicos especializados e administrativos. Antes, pais, alunos acima de 12 anos e outros servidores podiam votar. Durante o debate, alguns vereadores criticaram a mudança, classificando-a como antidemocrática e suscetível a apadrinhamentos, enquanto outros defenderam que a medida prioriza a competência técnica e a entrega de resultados.
O projeto segue para análise na Comissão de Educação antes de ser submetido à segunda votação no Plenário. A discussão reflete tensões entre gestão técnica e participação democrática, com expectativa de mais debates no Legislativo municipal. A proposta busca modernizar a administração escolar, mas sua implementação ainda depende de aprovação final e possível regulamentação.