O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendou uma análise mais criteriosa antes da aprovação final da fusão entre as redes de pet shop Petz e Cobasi. O órgão apontou possíveis riscos à concorrência, destacando que a operação pode resultar em alta concentração no mercado varejista de produtos para animais de estimação, especialmente em lojas físicas. A nota técnica do DEE (Departamento de Estudos Econômicos) analisou 491 mercados locais, onde a participação conjunta das empresas ultrapassa 50% em muitos casos, superando os limites considerados críticos.
A fusão, que prevê a absorção da Petz pela Cobasi, daria aos acionistas da Petz 52,6% das ações da nova empresa, enquanto os da Cobasi ficariam com 47,4%. Terceiros interessados, como a Petlove, argumentaram que a união poderia enfraquecer a concorrência com players menores e marketplaces digitais, como Amazon e Mercado Livre. Apesar das preocupações, o Cade sinalizou que a aprovação é provável, embora condicionada a uma análise completa dos efeitos no mercado.
Além da avaliação técnica, a Comissão de Participação Legislativa da Câmara dos Deputados aprovou a realização de uma audiência pública para debater os impactos da fusão. O pedido partiu de um deputado federal, que expressou preocupação com os possíveis efeitos sobre a concorrência e os consumidores. O Cade segue monitorando o caso para assegurar que a operação não prejudique a competição no setor.