Os futuros do cacau registraram alta significativa nesta semana, acumulando ganhos de mais de 10% e atingindo o maior patamar em três meses. O contrato em Nova York fechou a US$ 10.898 por tonelada, impulsionado pela expectativa de queda na produção na Costa do Marfim, maior produtor global. Operadores destacaram que a safra intermediária fraca e as projeções pouco otimistas para a safra principal 2025/26 sustentaram os preços, enquanto Gana anunciou planos de expandir suas plantações para impulsionar a produção.
Enquanto isso, o café robusta enfrentou pressão devido à oferta abundante, com quedas semanais de 7% em meio ao avanço das colheitas na Indonésia e no Brasil. O arábica também recuou, acumulando perda de 5,7%, com um grande volume aguardando certificação nos estoques da ICE. No mercado de açúcar, os preços foram sustentados pelo início lento da colheita no Centro-Sul do Brasil, mas a expectativa de aceleração limitou os ganhos, resultando em queda semanal de 1,5%.
O cenário para as commodities agrícolas segue volátil, com fatores climáticos e logísticos influenciando as cotações. Enquanto o cacau se beneficia de restrições de oferta, outros produtos, como café e açúcar, enfrentam pressão de estoques e colheitas em andamento, refletindo a dinâmica complexa dos mercados globais.