Um homem de 34 anos sobreviveu por 50 dias perdido na floresta amazônica após desaparecer durante uma caçada no interior do Amazonas. Ele foi encontrado desidratado e debilitado, mas consciente, próximo a uma residência na região do Ramal do Tumbira, a cerca de 5 km do local onde foi visto pela última vez. Durante o período na mata, ele se alimentou de frutos como buriti, cacauzinho-do-mato e uxi, e construiu um abrigo improvisado para se proteger da chuva e de animais.
O desaparecimento ocorreu em abril, quando o caçador decidiu seguir sozinho por um caminho diferente durante uma expedição com outros dois comunitários. As buscas, realizadas pelo Corpo de Bombeiros com apoio de um cão farejador, foram encerradas após 11 dias sem vestígios. O homem só foi resgatado quase dois meses depois, quando apareceu pedindo ajuda a moradores locais, que o socorreram e acionaram os bombeiros.
Durante o tempo perdido, ele relatou ter sido guiado por uma figura que chamou de “mãe da mata”, entidade à qual atribuiu sua sobrevivência. Após receber alta hospitalar, o caçador reencontrou a família e detalhou como enfrentou os desafios na floresta, incluindo noites dormindo sobre galhos de árvores para evitar ataques de animais. O caso chamou atenção pela resistência e pelas estratégias de sobrevivência em um dos biomas mais hostis do mundo.