A Burberry, marca britânica de luxo, viu suas ações subirem 18% após anunciar planos para eliminar 1.700 empregos, cerca de 20% de sua força de trabalho global, como parte de uma reestruturação para reduzir custos e melhorar seu desempenho. Os cortes, que ocorrerão nos próximos dois anos, afetarão principalmente cargos administrativos e um turno noturno na fábrica de trench coats no Reino Unido. O CEO Joshua Schulman, que assumiu o comando no ano passado, destacou que a medida é essencial para alinhar a produção à demanda e reforçar a identidade britânica da marca.
A reestruturação visa reverter anos de desempenho abaixo do esperado em comparação com rivais do setor. Schulman afirmou que as mudanças já estão gerando otimismo entre clientes e investidores, com desfiles de moda recentes impulsionando pedidos de varejistas. A expectativa é que os cortes, somados a outras reduções de custos, gerem uma economia adicional de 60 milhões de libras até 2027. Analistas celebraram os resultados melhores que o esperado e a confiança da gestão no plano traçado.
Apesar do avanço, a Burberry enfrenta desafios, especialmente nos EUA, onde as vendas caíram 4% no último trimestre. O mercado americano, que representa 19% do negócio da marca, mostra sinais de desaceleração, seguindo uma tendência observada por outras grifes de luxo. A empresa, no entanto, mantém expectativas de mitigar os impactos através de suas estratégias de redução de custos e foco em produtos icônicos, como trench coats e acessórios.