O governo brasileiro está em negociações com países importadores para flexibilizar as suspensões de compras de carne de frango e derivados, após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura destacou que as conversas já estão em andamento, visando minimizar os impactos na balança comercial. A prioridade é convencer parceiros como China e União Europeia a adotarem embargos regionalizados, restritos ao município ou estado afetado, em vez de proibições totais.
Atualmente, dez países suspenderam temporariamente as importações de produtos avícolas brasileiros, incluindo China, UE, Canadá e outros mercados-chave. O governo enfatiza que as medidas são cautelares e previstas em acordos sanitários, esperando que sejam revertidas para restrições localizadas assim que os parceiros avaliem as informações enviadas pelo Brasil. O país já notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e implementou medidas de contenção, reforçando a transparência no manejo do caso.
O impacto econômico das suspensões pode chegar a US$ 200 milhões mensais em exportações perdidas, dependendo da duração das restrições. Enquanto alguns países, como Japão, já aplicam embargos regionalizados, outros ainda não se pronunciaram, como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. O Ministério da Agricultura mantém diálogo contínuo, confiante na adoção progressiva de medidas mais direcionadas, conforme os protocolos internacionais.
