Uma brasileira que vive há um ano e meio em Portugal, identificada apenas como Maria, compartilha as dificuldades de regularizar sua situação migratória no país. Ela e seu marido, que trabalham como manicure e garçom, buscam melhores condições financeiras para a família, mas enfrentam obstáculos burocráticos. Como eles, cerca de 18 mil imigrantes irregulares, muitos brasileiros, receberão notificações para deixar o território português nos próximos dias.
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, afirmou que a nova política migratória não fecha as portas aos estrangeiros, mas estabelece regras claras. Os imigrantes terão 20 dias para sair voluntariamente, evitando processos de expulsão. A medida afeta principalmente aqueles cujos pedidos de regularização foram negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo.
O governo brasileiro acompanha a situação e busca esclarecimentos sobre as condições das expulsões. O embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, destacou que não há pedido de tratamento especial, mas sim a necessidade de transparência no processo. A discussão reflete os desafios enfrentados por milhares de imigrantes em busca de estabilidade no país europeu.
