Hugo Calderano, atual número 3 do ranking mundial, alcançou um marco histórico ao se tornar o primeiro atleta do hemisfério sul a garantir uma medalha de prata no Campeonato Mundial de tênis de mesa. Na final realizada neste domingo, o brasileiro enfrentou o chinês Wang Chuqin, número 2 do mundo, e mesmo com uma atuação determinada, não conseguiu a vitória. Apesar disso, a segunda colocação consolida seu desempenho excepcional contra os dominantes jogadores da China, conhecidos por sua quase invencibilidade na modalidade.
O caminho até a final foi desgastante, especialmente após uma semifinal intensa contra Liang Jingkun, que impactou seu físico no dia decisivo. Calderano admitiu que não estava em suas melhores condições, destacando a exigência física do esporte e a consistência dos adversários chineses. “Não tive o que precisava para vencer”, afirmou, reconhecendo o alto nível de seu oponente. Aos 28 anos, o atleta demonstra clareza sobre suas capacidades e ambições, reforçando seu lugar entre os maiores mesa-tenistas da história do Brasil.
Apesar da derrota, Calderano celebrou a semana “incrível” em Doha, incluindo um título recente na Copa do Mundo, e agradeceu o apoio recebido. Ele ressaltou a importância de continuar evoluindo e aproveitará um merecido descanso antes de novos desafios. Sua trajetória inspira não apenas pela quebra de barreiras geográficas, mas também pela resistência em desafiar os melhores do mundo.