Kleber Mendonça Filho foi premiado como melhor diretor no Festival de Cannes 2025, tornando-se o segundo brasileiro a receber a honraria, após Glauber Rocha em 1969. Nascido em Recife, onde ambienta a maioria de seus filmes, Mendonça Filho é conhecido por obras que exploram conflitos sociais e políticos, como “O Som Ao Redor” (2012), “Aquarius” (2016) e “Bacurau” (2019), vencedor do Prêmio do Júri em Cannes. Sua trajetória inclui também documentários, como “Retratos Fantasmas” (2023), e seu mais recente trabalho, “O Agente Secreto” (2025), que lhe rendeu o título e ainda levou Wagner Moura ao prêmio de melhor ator.
Ao longo de três décadas, o diretor consolidou uma filmografia marcada por narrativas pessoais e observações críticas da sociedade. Seus filmes, frequentemente elogiados pela crítica, circulam internacionalmente, como “Aquarius”, exibido em 77 países. Mendonça Filho destacou a sorte de ver suas obras ganharem vida própria, conectando-se com públicos diversos. Sua estreia em Cannes, em 2016, foi marcada por um protesto político durante o tapete vermelho, reflexo do engajamento que permeia sua carreira.
Com “O Agente Secreto”, o cineasta retorna a Recife, desta vez ambientando a trama na ditadura militar de 1977. O filme arrematou três prêmios em Cannes, reforçando o reconhecimento global de Mendonça Filho. Sua obra, que equilibra experiências íntimas e questões coletivas, consolida-o como um dos nomes mais relevantes do cinema contemporâneo, capaz de traduzir a complexidade brasileira para o mundo.