Em 2023, o Brasil atingiu o maior número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo desde o início da série histórica em 2013, com 11.198 uniões oficializadas, segundo dados do IBGE. O crescimento ocorreu mesmo com uma redução de 3% no total de casamentos no país, que somaram 940,8 mil. A maioria das uniões homoafetivas foi entre mulheres (62,7%), com aumento de 5,9% em relação a 2022, enquanto as uniões entre homens recuaram 4,9% no mesmo período.
As regiões Nordeste, Sul e Sudeste impulsionaram o avanço, com crescimentos de 5,6%, 5,3% e 3,9%, respectivamente, enquanto Norte e Centro-Oeste registraram quedas. A resolução do CNJ de 2013, que obriga cartórios a celebrar casamentos homoafetivos, contribuiu para a tendência de alta quase contínua ao longo da década. A idade média para casar entre casais do mesmo sexo foi maior que a de heterossexuais: 34,7 anos para homens e 32,7 para mulheres, contra 31,5 e 29,2 anos, respectivamente.
Paralelamente, o número de divórcios no país subiu 4,9% em 2023, totalizando 440,8 mil dissoluções — o equivalente a 47 divórcios para cada 100 casamentos heterossexuais. A Região Centro-Oeste liderou a taxa geral de separações (3,6 por mil habitantes), seguida pelo Sudeste (3,4). O tempo médio entre casamento e divórcio caiu de 16 anos em 2010 para 13,8 anos em 2023, refletindo mudanças nos padrões de dissolução conjugal.