O patrimônio espeleológico brasileiro teve um aumento significativo nos últimos anos, com 2.668 novas cavernas registradas entre 2023 e 2024, elevando o total para 26.046 cavidades naturais catalogadas. Esse crescimento de 11,41% em relação a 2022 reflete o avanço contínuo das pesquisas na área, conforme destacado no Anuário Estatístico do Patrimônio Espeleológico Brasileiro. Minas Gerais lidera o ranking com 49,57% das cavernas, seguido pelo Pará, que se destaca como o principal estado amazônico nesse cenário.
A distribuição das cavernas revela concentrações regionais, com cinco estados—Minas Gerais, Pará, Bahia, Rio Grande do Norte e Goiás—respondendo por cerca de 80% do total. O Cerrado é o bioma com maior número de registros (46,10%), enquanto Pampa e Pantanal têm as menores quantidades. Essa disparidade está ligada às condições geológicas favoráveis à formação de cavidades em determinadas regiões.
Além de sua relevância ambiental, as cavernas são vitais para a ciência, servindo como reservatórios hídricos, abrigos para espécies únicas e laboratórios naturais para estudos climáticos e ecológicos. O interesse científico por esses ambientes cresceu 280% nos últimos 16 anos, reforçando sua importância para a conservação e o entendimento dos ecossistemas brasileiros.