O Brasil tem atualmente 12 embaixadas no exterior sem embaixadores em exercício, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores e do Palácio do Planalto. As razões variam desde conflitos internos nos países de acolhimento, como Sudão e Síria, até burocracias políticas, como pendências de aprovação no Senado ou nomeações pelo governo. Embora a ausência de um chefe de posto possa indicar tensões diplomáticas, a maioria dos casos está relacionada a processos administrativos, incluindo trocas de comando em andamento.
Recentemente, o Senado aprovou cinco indicados para embaixadas em países como Alemanha, Arábia Saudita e Rússia, mas apenas Áustria e Irã estão sem embaixador atualmente. Outros sete postos aguardam votação no plenário, enquanto Jamaica, Tailândia e Togo sequer têm nomes indicados. A situação mais crítica é a de Israel, onde o Brasil completa um ano sem representante diplomático, refletindo o desgaste nas relações bilaterais devido a divergências sobre o conflito em Gaza.
Além disso, Israel também enfrenta obstáculos para manter sua representação no Brasil, com o atual embaixador prestes a deixar o cargo e a espera de um agrément do governo brasileiro para seu sucessor. Apesar das tensões, ambos os países demonstram interesse em manter diálogo, ainda que as perspectivas de reaproximação no curto prazo sejam limitadas.