O Brasil atingirá na próxima quarta-feira (28.mai.2025) um ano sem embaixador em Israel, refletindo o desgaste nas relações bilaterais. O afastamento começou após críticas do presidente brasileiro à atuação militar israelense em Gaza, comparada por ele a ações do regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Como resposta, Israel declarou o presidente persona non grata e levou o então embaixador brasileiro a um museu do Holocausto, gerando desconforto diplomático e culminando na retirada do diplomata do posto em maio de 2024.
Desde então, as relações permanecem tensas, sem perspectivas de reaproximação. O governo brasileiro mantém suas críticas à política israelense na Palestina e não planeja indicar um novo embaixador para Tel Aviv, deixando o cargo sob responsabilidade do encarregado de negócios. Por outro lado, Israel também enfrenta obstáculos, com seu embaixador no Brasil prestes a deixar o cargo em julho, aguardando apenas a confirmação do Itamaraty para seu substituto.
Enquanto isso, o Senado brasileiro aprovou recentemente nomes para embaixadas em outros países, como Alemanha, Arábia Saudita e Irã, demonstrando que a diplomacia brasileira segue ativa em outras frentes. A abertura de uma nova embaixada no Camboja também está em andamento, indicando que, apesar das tensões com Israel, o Brasil continua expandindo sua presença internacional.