O Brasil subiu 19 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa, passando da 82ª para a 63ª posição, segundo relatório divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O avanço reflete a normalização das relações entre o governo e a imprensa, após anos de tensão. No entanto, a RSF alerta que o enfraquecimento econômico dos veículos de comunicação ainda representa um risco significativo para a liberdade jornalística.
O cenário global é preocupante: pela primeira vez, a média de pontuação dos países ficou abaixo de 55, indicando condições “difíceis” para a imprensa. Mais de 60% das nações avaliadas registraram retrocessos, com destaque para as Américas, onde há fragilidade nos serviços de informação pública, concentração da mídia e condições precárias de trabalho. A crise foi agravada pelo colapso dos modelos tradicionais de negócios do setor.
Nos Estados Unidos (57º), a liberdade de imprensa sofreu deterioração, com redução do apoio à mídia independente, hostilidade a jornalistas e o fechamento de veículos locais, criando “desertos de informação”. O relatório também menciona o impacto do corte de financiamento a agências de mídia global, afetando o cenário internacional. Enquanto isso, o Brasil emerge como um caso de melhora relativa, embora os desafios estruturais persistam.