O Brasil foi convidado a co-presidir, junto com o Senegal, um dos oito grupos de trabalho criados pela Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina. O grupo, focado no respeito ao direito internacional para a implementação da solução de dois Estados, reúne membros da ONU e instituições afiliadas. A conferência, organizada por França e Arábia Saudita, ocorrerá em junho, e todos os países-membros da ONU podem participar das discussões. O Itamaraty destacou a posição histórica do Brasil em defesa da criação de um Estado palestino e da coexistência pacífica com Israel.
A guerra entre Israel e o grupo que controla a Faixa de Gaza intensificou-se desde outubro de 2023, quando o Brasil presidia o Conselho de Segurança da ONU e tentou, sem sucesso, aprovar uma resolução por cessar-fogo. O país tem condenado os ataques em Gaza, questionado as ações militares israelenses e defendido a retirada de tropas da região. Além disso, o governo brasileiro reforçou a necessidade de ajuda humanitária e reconstrução da infraestrutura local, reiterando seu apoio a um Estado palestino independente dentro das fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.
Em discurso recente, o presidente do Brasil criticou a falta de ação da ONU na criação do Estado palestino, comparando-a à decisão histórica que estabeleceu Israel. Ele argumentou que, se a organização cumprisse seu papel, conflitos como os de Gaza e Ucrânia poderiam ser evitados. O convite ao Brasil reflete seu protagonismo no debate internacional sobre o tema, alinhado a sua tradição diplomática de mediação e defesa de soluções pacíficas.