Os bebês reborn, bonecas realistas feitas de silicone, têm conquistado fama nas redes sociais devido ao uso em comemorações e atividades cotidianas, gerando debates sobre seu significado. A psicóloga Niamey Granhen, da Universidade Federal do Pará (UFPA), explica que as motivações para adquirir essas bonecas variam conforme cada pessoa, podendo incluir colecionismo, apreciação estética ou até a vivência de experiências lúdicas não experimentadas na infância. Ela destaca que os bebês reborn podem servir tanto como brinquedos para crianças quanto como objetos de fantasia para adultos, sem necessariamente indicar problemas emocionais.
A especialista ressalta que, desde que haja clareza entre realidade e fantasia, a interação com as bonecas pode estimular a criatividade e o prazer. No entanto, alerta para o risco do consumismo exacerbado, incentivado por influenciadores, já que os bebês reborn costumam ser itens de alto valor. Apesar do debate nas redes, Granhen enfatiza que a posse dessas bonecas não é, por si só, um sinal de adoecimento mental, mas o contexto e a motivação por trás do uso é que podem revelar possíveis questões emocionais.
Embora os bebês reborn existam há anos, seu recente boom se deve à exposição midiática e ao alcance das redes sociais. A discussão sobre seu impacto continua, com opiniões divididas entre quem vê as bonecas como um passatempo inofensivo e quem questiona seu papel na sociedade. Enquanto isso, projetos de lei no Pará buscam proibir o atendimento a essas bonecas em hospitais públicos, refletindo a polarização em torno do tema.