Um ataque aéreo realizado por Israel na Faixa de Gaza na sexta-feira (23) resultou na morte de nove crianças, filhos de um casal de médicos que trabalhava na região. O hospital Nasser, em Khan Yunis, e a Defesa Civil local confirmaram o ocorrido, com informações verificadas por veículos como BBC e The Guardian. O único filho do casal que sobreviveu, uma criança de dez anos, encontra-se em estado grave, assim como o pai, que estava em casa durante o bombardeio. A mãe, que trabalhava no hospital na ocasião, testemunhou a retirada dos corpos carbonizados dos filhos dos escombros.
O Exército israelense afirmou à AFP que o alvo do ataque era suspeitos que operavam próximo às tropas, mas reconheceu que está avaliando relatos de civis atingidos. Khan Yunis foi classificada como zona de guerra, com ordens prévias para evacuação de civis. Imagens autenticadas mostram socorristas resgatando os corpos das vítimas, em cenas descritas por profissionais de saúde como uma das tragédias mais devastadoras já vistas.
Uma médica voluntária no hospital Nasser destacou que a família não tinha ligações políticas ou militares, enfatizando o impacto humano da guerra. A criança sobrevivente apresentava sinais de desnutrição, reflexo do bloqueio israelense em Gaza. O caso chocou a comunidade local e internacional, levantando questões sobre os custos humanitários do conflito em curso.