O governo dos Estados Unidos aceitou um Boeing 747 doado pelo Catar para ser adaptado como o novo Air Force One, conforme anunciado pelo Pentágono. A aeronave, que substituirá aviões antigos em uso há 35 anos, será modificada para atender aos requisitos de segurança presidencial, incluindo sistemas de defesa contra ameaças como mísseis e explosões nucleares. A doação foi defendida como uma forma de economizar recursos públicos, mas levantou questões sobre a ética por trás da transação, especialmente porque o avião poderá ser destinado à biblioteca presidencial após o mandato.
O presente, avaliado em cerca de US$ 400 milhões, é considerado um dos maiores já recebidos pelo governo americano e gerou preocupações no Congresso sobre possíveis influências estrangeiras. Democratas questionaram se a doação poderia representar uma tentativa de interferência nas decisões políticas, embora autoridades do Catar tenham negado qualquer intenção nesse sentido, afirmando que o gesto visa fortalecer a parceria bilateral. Além disso, há receios de que a pressa nas adaptações comprometa a segurança da aeronave.
Enquanto o Pentágono não divulgou um prazo para a conclusão das modificações, a prioridade declarada é garantir que o avião esteja pronto para uso o mais breve possível. O caso reacendeu discussões sobre precedentes históricos, como o uso do Air Force One pelo ex-presidente Ronald Reagan em seu museu, mas sem voos particulares. A situação continua sob escrutínio, equilibrando questões de segurança, ética e diplomacia.