A BNDESPar, braço de participações do BNDES, renovou apenas uma de suas três indicações ao conselho de administração da Tupy: o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho. Os outros dois nomes indicados em 2023, incluindo um ex-ministro envolvido em polêmicas recentes, não foram mantidos. A mudança ocorreu após o término dos mandatos e seguiu orientação do controlador da BNDESPar, alinhada aos parâmetros legais e à busca por diversidade e experiência nas decisões estratégicas.
A assembleia da Tupy aprovou as demonstrações financeiras de 2024, com lucro líquido de R$ 79,5 milhões, e homologou o pagamento de R$ 190 milhões em Juros sobre Capital Próprio. Além disso, foi definida a nova composição do conselho, com nove membros titulares e até cinco suplentes, eleitos por voto múltiplo a pedido de acionistas com mais de 5% do capital social. A remuneração anual de administradores e comitês também foi estabelecida.
A presença de figuras políticas no conselho já gerava desconforto entre acionistas minoritários e no mercado, que questionavam a qualificação técnica e a pertinência de tais indicações. A nomeação do novo presidente da Tupy, Rafael Lucchesi, também levantou dúvidas sobre sua experiência executiva em grandes empresas, apesar de sua trajetória no setor industrial. As mudanças refletem um ajuste na governança da empresa, com foco em alinhar estratégias e reduzir atritos.