A BNDESPar, braço de participações do BNDES, renovou apenas uma de suas três indicações ao conselho de administração da Tupy: o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho. Os outros dois nomes, indicados em 2023, não foram mantidos após o término de seus mandatos em abril. A mudança segue orientação do controlador da BNDESPar e ocorre em um contexto de questionamentos sobre a qualificação técnica e a pertinência de ministros em cargos estratégicos de uma empresa global do setor automotivo.
A assembleia da Tupy aprovou as demonstrações financeiras de 2024 e homologou o pagamento de R$ 190 milhões em Juros sobre Capital Próprio. Além disso, foi definida a nova composição do conselho, com nove membros titulares e até cinco suplentes. A eleição foi conduzida por voto múltiplo, a pedido de acionistas com mais de 5% do capital social. A substituição de conselheiros e a nomeação de um novo presidente geraram desconforto entre minoritários, que questionaram a falta de justificativas claras para as mudanças.
O caso reflete tensões entre a atuação política e a governança corporativa, com críticas sobre conflitos de interesse e a necessidade de experiência técnica em cargos decisórios. A BNDESPar afirmou que suas indicações buscam agregar diversidade e expertise, dentro dos parâmetros legais. Enquanto isso, a Tupy segue ajustando sua estrutura de liderança em meio a expectativas do mercado por transparência e eficiência na gestão.