O bitcoin registrou alta nesta sexta-feira, 2, impulsionado pela melhora nos mercados de risco e pelo fluxo recorde de recursos para os ETFs da criptomoeda. Por volta das 15h40 (horário de Brasília), a moeda digital valorizava 0,96%, cotada a US$ 97.618,99, enquanto o Ethereum subia 0,03%, para US$ 1.851,46. Analistas destacam que o bitcoin está próximo de um nível crítico nos US$ 100 mil, onde há uma concentração de posições vendidas. A superação desse patamar poderia levar a uma valorização significativa, como ocorreu em dezembro, quando o preço saltou de US$ 76 mil para US$ 108 mil.
Os ETFs de bitcoin nos EUA têm sido um fator chave para o movimento de alta, com mais de US$ 4 bilhões ingressando nesses fundos nos últimos 15 dias. A BlackRock lidera o cenário, administrando US$ 58 bilhões em bitcoin. Empresas como Metaplanet e Strategy também estão ampliando suas apostas na criptomoeda, emitindo títulos e planejando captações bilionárias para adquirir mais ativos. Analistas da Bernstein e do Standard Chartered projetam otimismo, com expectativas de que o bitcoin possa ultrapassar US$ 120 mil ainda neste trimestre.
No entanto, o cenário não é livre de desafios. O Reino Unido anunciou novas restrições ao uso de cartões de crédito e empréstimos para compras de criptomoedas, visando proteger os consumidores. Embora o mercado esteja em alta, analistas como Christopher Lewis, da FXEmpire, alertam que um recuo técnico não seria surpreendente, especialmente após uma trajetória de valorização acelerada. O próximo movimento do bitcoin dependerá da capacidade de romper a resistência psicológica dos US$ 100 mil.