Enquanto questões orçamentárias e reformas dominam a pauta do Legislativo, uma onda de projetos inusitados tem chamado atenção, especialmente aqueles envolvendo bebês reborn — bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos e são tratados como filhos por alguns adultos. Parlamentares de diferentes estados e partidos apresentaram propostas que variam desde a proibição do atendimento médico a esses bonecos no SUS até a criação de programas de saúde mental para quem desenvolve vínculos emocionais com eles. Algumas iniciativas incluem multas para profissionais de saúde que atendam os bonecos e campanhas para esclarecer que objetos inanimados não devem ocupar recursos públicos.
Apesar de parecerem incomuns, esses projetos avançam em comissões e ganham espaço na agenda legislativa, muitas vezes atraindo mais atenção pública do que temas urgentes, como crise financeira familiar ou subfinanciamento da saúde. A estratégia por trás dessas propostas parece envolver não apenas a constitucionalidade, mas também o potencial de viralização nas redes sociais, onde parlamentares buscam maior visibilidade.
Além dos bebês reborn, os mesmos legisladores apresentaram outras propostas curiosas, como a regulamentação de moedas coletadas em locais públicos e o reconhecimento de biscoitos artesanais como patrimônio cultural. Embora representem uma pequena parte do trabalho legislativo, esses projetos refletem uma disputa por protagonismo que mistura política, mídia e saúde mental, levantando debates sobre o uso do tempo e dos recursos públicos.