Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos, ganharam popularidade nas redes sociais, impulsionados por vídeos que mostram mães cuidando deles como se fossem reais. Celebrities também aderiram à tendência, mas a prática gerou críticas, com alguns apontando possíveis problemas psicológicos. Especialistas, no entanto, destacam que não se deve patologizar automaticamente o comportamento, já que ele pode trazer benefícios, como criação de comunidades, interação social e até fins terapêuticos.
A linha entre hobby e distúrbio emocional está na frequência e no impacto na rotina. Enquanto a maioria das colecionadoras trata os bonecos como arte ou relaxamento, casos extremos—como substituir relações humanas pelo apego aos bebês reborn ou negligenciar responsabilidades—indicam possíveis desequilíbrios. Psicólogos ressaltam que hobbies são saudáveis quando enriquecem a vida sem prejudicar outras áreas, mas atitudes como gastos excessivos ou perda de noção da realidade merecem atenção.
A discussão também envolve questões de gênero, já que hobbies masculinos, como colecionar itens de games ou aeromodelismo, não recebem o mesmo julgamento. Para muitas mulheres, os bebês reborn representam empoderamento e escolha, seja para vivenciar a maternidade de forma simbólica ou simplesmente apreciar a arte. O debate continua, mas especialistas reforçam: o importante é entender as motivações por trás da prática e seu impacto real na vida de cada pessoa.