A BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil, reportou um lucro líquido de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado pela redução da sinistralidade na Brasilseg e pelos resultados financeiros da BB Corretora e da Brasilprev, beneficiados pelo ciclo de alta dos juros. No entanto, apesar dos números positivos, as ações da empresa (BBSE3) caíram cerca de 6% nesta terça-feira (06), refletindo a insatisfação do mercado com alguns indicadores abaixo das expectativas.
Os prêmios emitidos pela Brasilseg recuaram 5,9%, ficando aquém da projeção de crescimento entre 2% e 7% para 2025, principalmente devido ao fraco desempenho dos seguros agrícola e prestamista. A Brasilprev também apresentou resultados abaixo do esperado, com crescimento de 8,7% nas reservas de previdência, contra uma estimativa de 12% a 16%. A empresa atribuiu o desvio ao comportamento da taxa de retorno projetada, que deve acelerar nos próximos meses. Analistas destacaram que, embora o lucro trimestral tenha sido sólido, o desempenho das operações comerciais foi considerado fraco, gerando preocupações sobre o cumprimento das metas anuais.
Bancos de investimento como JP Morgan e Itaú BBA mantêm uma visão cautelosa sobre as ações da BB Seguridade, apontando riscos para os resultados de 2026, mesmo que a projeção de lucro anual de R$ 9 bilhões permaneça intacta. O BTG Pactual destacou que, embora o dividend yield de 10% ofereça proteção contra quedas mais acentuadas, o potencial de valorização parece limitado, preferindo outras opções no setor de seguros para o restante do ano. O mercado agora aguarda sinais de recuperação nas operações comerciais para reavaliar o posicionamento em relação à empresa.