A base de apoio ao governo federal encara como inevitável a instalação de uma CPI mista para investigar fraudes no INSS, após a mobilização de 36 senadores e 223 deputados em favor da comissão. Diante da iminente derrota, os governistas decidiram alterar a estratégia, buscando indicar aliados para integrar o colegiado e propor uma relatora próxima ao vice-presidente. A deputada Tabata Amaral, que assinou o requerimento de criação da CPI, é uma das nomes cotados para o cargo.
A formalização da CPI depende agora da autorização do presidente do Senado, que busca evitar conflitos com o governo federal após recente aproximação. Enquanto isso, os apoiadores do governo planejam direcionar as investigações para o período anterior, atribuindo as fraudes à gestão passada. A demora na decisão já levou a críticas de parlamentares, que ameaçam recorrer ao STF caso a comissão não seja instalada.
A situação ganhou novos contornos após a viagem internacional do presidente do Senado, que adiou a leitura do requerimento necessário para a criação da CPI. Enquanto aguarda-se uma definição, o debate sobre as responsabilidades e o escopo das investigações continua a dividir o Congresso, com ambos os lados se preparando para os próximos passos.